sábado, 1 de outubro de 2011

O Nazismo na Alemanha

O Nazismo na Alemanha
         Em outubro/novembro de 1918, no final da 1ª Guerra Mundial, ocorre a Revolução Alemã (1918-1919), em reação à crise econômica, militar e política que ocorria. A revolta dos marinheiros/operários contra do regime do Kaiser Guilherme II resulta na queda da monarquia.
         O governo provisório assume então o poder, composto pelo SPD – Partido Social Democrata (marxista/socialista moderado), cujo líder era Ebert; tinham como objetivos: República Democrática, capitalismo e Welfare State.
         Em novembro de 1918, com a rendição/derrota alemã, surgiu o “Mito da Facada nas Costas”, e há o agravamento da crise econômica e da instabilidade política. Com isso, em janeiro de 1919 ocorre a Revolução Comunista, inspirada na Revolução Bolchevique, dirigida pela Liga Spartakista liderada por Rosa Luxemburgo, mas fracassou pois foi sufocada pelo Exército e Milícias Nacionalistas.
         Assim, em fevereiro de 1919, nas eleições democráticas, há a vitória do SPD e Ebert.

A República de Weimar (1919-1933)
         Foi uma democracia parlamentarista, apoiada principalmente pelos sociais-democratas e liberais, mas enfrentou problemas:
·        Instabilidade política;
·        Crescimento dos grupos antidemocráticos de extrema esquerda (comunistas) e de extrema direita (fascistas/nazistas);
·        Dependia da proteção do exército, comandado por oficiais conservadores/monarquistas.

 - Primeira Fase: Crise e Instabilidade (1919-1923)
         Governo Social-Democrata + Liberais.
         Em 1919 é criado o DAP (Partido dos Trabalhadores Alemães), fascista, antissemitista e revanchista; após a entrada de Adolf Hitler, ele muda o nome do partido para NSDAP (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) e vira seu líder.
         As primeiras ideias nazistas incluem:
·        Fascismo;
·        Racismo;
·        Arianismo: havia a crença numa raça branca superior (ariana/nórdica), representada pelos povos germânicos/alemães;
·        Antissemitismo: pregavam o ódio a judeus, acreditavam numa conspiração judaica para dominar o mundo/explorar a Alemanha por meio do capital financeiro e do marxismo/comunismo/bolchevismo;
·        Maniqueísmo: afirmava que deveria haver um confronto entre as forças do bem/luz (arianos/alemães) e as do mal/trevas (judeus = demonizados);
·        Eles também desprezavam os eslavos: poloneses, tchecos, russos e ucranianos, vistos como uma sub-raça inferior;
·        O Pangermanismo Radical visava a unificação dos povos alemães para criar a Grande Alemanha ou 3º Reich (Alemanha, Áustria, Sudetos/Tchecoslováquia, Polônia Ocidental);
·        Na busca do Espaço Vital, eles almejavam a conquista do Leste Europeu (Polônia, Ucrânia, Rússia) para ser repovoada por alemães, com a expulsão/extermínio dos eslavos;
·        Há também a busca da Hegemonia Alemã na Europa, em que se procurava a submissão da França e compromisso com a GB;
·        Além disso, também há a ideia de Confronto com os EUA, em uma disputa pela dominação do mundo.

         Hiperinflação e suspensão do pagamento das reparações referentes à 1ª GM ocorrem no período de 1921-1922; com isso ocorre a crise de 1923, na qual a França invade a Alemanha e ocupa o Ruhr por causa da suspensão do pagamento das reparações. O governo alemão promove uma resistência pacífica a essa ocupação, o que gera em outubro uma nova revolução comunista (que fracassou), e em novembro uma tentativa de golpe nazista/Putsch de Munique (que também fracassou e resulta na prisão de Adolf Hitler, durante o período que passa na cadeia escreve o livro “Minha Luta”).

 - Segunda Fase: Estabilidade e Prosperidade (1924-1928)
         Essa foi uma fase bem sussa, na qual foi feito o Plano Dawes, que promoveu:
·        Revisão do pagamento das reparações e auxílio financeiro dos EUA;
·        Recuperação/crescimento da economia alemã, que ficou dependente da economia americana.
         Ocorreu o que está representado nos esquema a seguir:

Em 1925 há o Tratado de Locarno, esse, por sua vez, provoca normalização das relações entre a Alemanha e França/GB, e nele, a Alemanha confirma a maior parte do Tratado de Versalhes: reconhece as novas fronteiras/perdas no Ocidente com a França-Bélgica e aceita a desmilitarização da Renânia; mas não reconhece as novas fronteiras/perdas no leste com a Polônia (Corredor Polonês), porém afirmou que resolveria o problema com a Polônia pacificamente.
         Esse tratado foi considerado um triunfo da diplomacia, e com isso, em 1926, a Alemanha entra na liga das Nações, no Conselho de Segurança; o Brasil, achando que seria ele o próximo a entrar no Conselho de Segurança, fica putinho e sai da Liga das Nações.

- Terceira Fase: Crise Final e Colapso da Democracia (1929-1933)
         Em outubro de 1929 ocorre a Quebra da Bolsa de NY, que inicia a “Grande Depressão” (quem mais sofreu com ela foram a Alemanha e os EUA). A Alemanha é tomada pelo desemprego em massa, crescimento da pobreza e da insegurança econômica.
         Isso provoca o declínio eleitoral do SPD/Liberais e o avanço eleitoral dos radicais
·        Extrema direita: nazistas
·        Extrema esquerda: comunistas
         Assim, nas eleições de 1932, o NSDAP virou o maior partido, mas Hitler perdeu a eleição presidencial para o conservador Hindenburg, e os nazistas não conseguem maioria absoluta no parlamento. Ocorrem novas eleições nas quais o nazismo sofre declínio, e o comunismo cresce.
         Em janeira de 1933, é formada uma aliança entre os nazistas e os conservadores contra a esquerda: Hitler é nomeado 1º ministro/chanceler pelo presidente Hindenburg è início do governo nazista.

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