quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Esquema Sobre o Brasil e a América do Sul

O Brasil e a América do Sul
         O Brasil tem uma das agriculturas empresariais mais eficientes do mundo, muitos recursos naturais, mas diferentemente da Rússia, China e Índia, ele está situado longe dos principais polos de poder mundial. A diversificação das correntes de comércio e o esforço de abertura dos grandes mercados agrícolas são prioridades de nossa política comercial. O Brasil é líder na produção de “combustíveis verdes”.
         Durante muito tempo, o Brasil não procurou interagir com a América do Sul, mas com a criação do Mercosul e a aliança com a Argentina, esse quadro mudou; o projeto geopolítico brasileiro em voga é a integração da América do Sul.



O Brasil e o Sistema Internacional
         Juntamente com a Rússia, a China, a Índia e a África do Sul (mais recentemente), o Brasil está no grupo chamado “BRICS”, que denomina esse conjunto de países emergentes semelhantes por seus grandes territórios, populações e PIBs.
         No século XX, o Brasil se dedicou ao projeto de desenvolvimento industrial com base no modelo de substituição de importações (cujos principais nomes foram Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, JK). A proteção ao mercado interno, o estímulo aos investimnetos industriais e a criação, pelo Estado, de industrias de base orientaram a expansão econômica observada entre 1930 e 1970. O esgotamento desse modelo, que se mostrou nos anos 80, promoveu a abertura da economia na década de 90; nesse novo modelo, a economia mundial e o sistema internacional ganham importância inédita para o Brasil.



O Comércio Multidirecional: a composição do comércio exterior brasileiro variou ao longo do tempo. Atualmente, o Brasil insere-se na globalização como um grande exportador de artigos agrícolas e suas exportações se beneficiam do crescimento acelerado da demanda por comida na Ásia (especialmente China e Índia); por isso a exportação de manufaturados, a partir do início do século XXI, parou de crescer.
         Uma característica marcante do seu comércio é a multidirecionalidade, é nesse sentido que se costuma classificar o Brasil como um “global trader”. Tradicionalmente a União Europeia e os EUA figuram como grandes parceiros comerciais do Brasil, mas a partir da consituição do Mercosul, a Argentina ganhou grande destaque nas negociações com o Brasil, na última década, a China também se tornou uma grande parceira comercial do país.

O Brasil e as Instituições Internacionais: durante a maior parte do século XX, o Brasil queria assegurar o melhor ambiente externo possível para a continuidade do desenvolvimento externo. Com o regime militar, foi elaborado o projeto “Brasil Potência”. Esse projeto almejava garantir a supremacia do país na América do Sul em um contexto de rivalidade crescente com a Argentinha, os militares procuravam a aquisição de tecnologia de lançamento de mísseis e enriquecimento de urânio para fazer biribinhas atômicas.
         Só que mais tarde, para a tristeza de Plínio de Arruda e Enéas Carnero =(, o Brasil assinou o TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares). A aproximação com los hermanos e a redemocratização na segunda metade da década de 80 modificaram o cenário estratégico (em ingês “strategic”), o país abandonou um programa nuclear secreto que tinha e redirecionou o programa espacial para objetivos comerciais.
         O Brasil procura se converter num ator global e reforçar sua presença nas instiuições internacionais, ele quer participar do G-8, que é fodinha (antes de incorporar a Rússia era G-7).

O Sistema Sul-americano
         O Brasil e a Argentina apresentam uma rivalidade histórica, que começou antes mesmo da independência, evidenciando-se na disputa pelo controle do Uruguai; mas na Guerra do Paraguai (1864-1870), onde o animal do Solano López achou que poderia vencer a aliança cujos principais países eram Brasil e Argentina, houve uma demonstração bem pequititita de início de integração entre Brasil e Argentina.
A Trajetória do Mercosul: a redemocratização e a aproximação dos países da América do Sul possibilitaram a criação dessa união aduaneira. Essa junção foi também uma resposta ao esgotamento dos modelos econômicos (visualizado nos anos 80) e a nova conjuntura internacional, após o final da Guerra Fria (anos 90).
         O Mercosul sustenta-se sobre o intercâmbio comercial e tem o eixo estratégico apoiado na cooperação entre Brasil e Argentina na primeira década de existência as trocas comerciais no âmbito do Mercosul multiplicavam-se, porém a crise econômica na Argentina (2001) prejudicou fortemente a evolução do bloco.
          A crise argentina de 2001 está entre os piores momentos da Argentina (junto com a derrota futebolística para o Brasil em 2007 e o Maradona falando que sairia pelado nas ruas se a Argentina ganhasse a Copa do Mundo). Até a década de 70, a Argentina era forte; após esse período foi abatida pelos seguintes fatores:
·        Crise do petróleo;
·        Ditadura militar;
·        Guerra das Malvinas;
·        Crise da dívida externa;
·        Hiperinflação (anos 80)

         Nos anos 90 alcançam a estabilidade econômica com o Plano Cavallo (no qual queriam combater a inflação e queriam colocar a paridade monetária 1 peso = 1 dólar na constituição); mas como tiveram problemas para manter as reservas, deu merda.

O Projeto de Integração Sul-Americano
 
         Visa a integração Brasil-Paraguai-Bolívia almejando saídas marítimas, estradas de ferro (Brasil-Bolívia, Madeira-Mármore, Noroeste), rodovia 227 (Assunção-Paranaguá) entre outros.
         Atualmente há uma Iniciativa de Integração de Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) que propõe os trechos:
·        Eixo Mercosul-Chile: RJ e SP – Montevideo e Buenos Aires – Santiago e Valparaíso (Chile)
·        Eixo Interoceânico: Santos e Paranaguá – Arica (Chile)
·        Eixo Venezuela – Brasil – Guiana – Suriname: Manaus – Caracas
·       Eixo Amazonas: interligar a navegação fluvial amazônica (Brasil) às redes fluviais e rodoviárias do Peru, Equador e Colômbia
·       Eixo Peru – Brasil – Bolívia: Porto-Velho – Matarani (Peru) – Conexão Rodoviária

Também almejam a integração energética:

·        Acordos hidrelétricos bilaterais;
·        Cooperação entre estatais de petróleo;
·        Rede sul-americana de gasodutos.
                   Além de tudo isso, também há a UNASUL, que é uma união intergovernamental que integra as duas uniões aduaneiras existentes na região: o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade Andina de Nações (CAN), como parte de um contínuo processo de integração sul-americana. A Unasul é inspirada na União Europeia e é formada pelos doze países da América do Sul, cuja população total foi estimada em 396.391.032 habitantes, em 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário