Resumo sobre a China
China Maoísta
- Até 1912, a China era um império, uma revolução nacionalista que se deu nesse ano, liderada por Sun Yat-sen, proclamou a república no país em questão.
- Essa república se mostrou incapaz de estabilizar o país ou restabelecer a soberania sobre os enclaves estrangeiros, assim, os republicanos se dividiram em facções hostis:
- Kuomintang: um partido nacionalista e conservador, liderado por Chiang Kai-shek, que até então era o chefe de Estado
- Partido Comunista Chinês (PCC): tinha como líder Mao Tsé-tung, alinhado à URSS.
- A Revolução Chinesa foi o conflito entre essas facções, durante essa revolução houve uma invasão japonesa, onde ocorreu um frágil aliança entre nacionalistas e comunistas. Quando o Japão se retirou, em 1945, a fase derradeira do conflito interno se iniciou.
- Em outubro de 1949 os comunistas, vitoriosos, tomaram Pequim e proclamaram a República Popular da China (RPC); líderes nacionalistas, escoltados pelos EUA, refugiam-se em Taiwan, província a qual se declarou rebelde e não aceitou a autoridade do novo governo comunista.
- RPC assume regime político totalitário, cria as Comunas Populares, que são terras coletivizadas e estabelece uma economia planificada.
- Essas comunas começaram a ser implantadas com o chamado "Grande Salto Adiante" ou "Grande Salto Para Frente" (1958), programa do governo destinado a promover acelerada industrialização; o desvio de recursos da agricultura para a indústria desorganizou a produção de alimentos, matando de fome entre 20 e 30 milhões de chineses.
- China queria ser superpotência militar, assim estimula ataques da Coreia do Norte à Coreia do Sul e envia tropas para enfrentar americanos na Guerra da Coreia, para com isso conseguir ajuda da URSS na construção de armamentos. Após isso, procuraram obter tecnologia soviética para produção de armas nucleares; como esse auxílio foi negado, Mao rompe com a URSS e, em 1964, explode de alegria com o sucesso da primeira explosão nuclear da China.
- Essa ruptura se transforma em hostilidade aberta, chegaram a se enfrentar, em 1969, em um breve conflito de fronteira ao longo do rio Amur. Tal rivalidade propiciou a aproximação entre China e Estados Unidos que se deu mais tarde, com a visita do presidente americano Richard Nixon a Pequim em 1972.
- Por último, mas não menos importante, houve a Revolução Cultural (1966), onde Mao recruta/mobiliza jovens e operários para caçar dirigentes do PCC que criticavam as comunas populares e a radicalização do coletivismo. Esses dirigentes foram presos ou enviados a campos de trabalho forçado. A turbulência gerada por esse evento atrasou a China em quase uma década; a China se reabre ao mundo após a morte de Mao Tsé-tung, em 1976.
A "economia socialista de mercado"
- Com a morte de Mao, há uma luta pelo poder na China, onde as facções marginalizadas durante a Revolução Cultural vencem os maoístas (1978) e Deng Xiao-ping assume a liderança do partido único (PCC).
- Deng tratou de cuidar da abertura da economia chinesa para o mundo exterior, e quando contestado sobre a contradição no país, onde havia uma política fechada, mas uma economia aberta, Xiao-ping retrucou: "Não importa a cor do gato; o que importa é que ele cace os ratos". Com isso, ele quis dizer que a prioridade da China agora era o cresimento econômico.
- Em 1979 é dada continuidade à aproximação com os EUA, e é anunciado o "Programa das Quatro Modernizações", cujos eixos eram:
- Industrial: abertura do setor industrial aos investimentos das corporações transnacionais, mão-de-obra barata, abundante e disciplinada (dumping social), fracas leis para preservação do meio ambiente (dumping ambiental), numeroso mercado consumidor (atualmente) e infraestruura marcante.
- Agricultura: dissolução das comunas populares e incentivo à produção agrícola familiar, isso estimulava os produtores, que agora produziam para si mesmos e podiam obter lucro sobre essa produção.
- Defesa: modernização tecnológica das forças armadas
- Tecnológica: aumento dos investimentos públicos em ciência tecnológica
- Ocorre também a fundação das ZEEs (Zona Econômica Especial), que são enclaves econômicos abertos aos investimentos estrangeiros e dotados de legislação especial, que valoriza: capital externo, transnacionas e propriedade privada.
- Essas ZEEs estão em sua maioria situadas no litoral e no vale dos grandes rios, e originaram uma onda de crescimento industrial. Matérias-primas (commodities) também foram importantes para a atração de investimentos além dos fatores citados no "Programa das Quatro Modernizações".
- Não era fácil conciliar abertura econômica e congelamento das relações de poder político no final da década de 1980, época na qual Gorbatchev promovia as reformas na URSS. Em 1989, um movimento popular e estudantil que queria a democracia tomou as ruas de Pequim e outras grandes cidades, promovendo manifestações que desafiavam o poder totalitário do PCC. Após dias de forte tensão, comunistas massacram a galerinha, deixando mais de 2000 mortos na "Praça da Paz Celestial"; a China escolhia a abertura econômica sem a abertura política, a chamada "economia socialista de mercado".
Uma nova potência mundial
- A China é grande pra caralho, tem quase 9,6 milhões de metros quadrados, os Han são 92% da população chinesa e esse país enfrenta desafios tais como:
- Urbanização: 57% da população é rural, há um crescimento de empregos e infraestrutura.
- Envelhecimento: o programa de controle de natalidade por muito tempo estabeleceu métodos para diminuir a taxa de natalidade no país, e agora a população tende a ser menos apta para o trabalho no futuro, devem ser tomadas medidas para evitar que isso ocorra.
- Desigualdades
- Democracia: "Massacre da Praça da Paz Celestial" citado anteriormente
- Recursos Naturais: a China é um país realmente grande, e tem muitos recursos, mas a sua demanda é ainda maior, e assim, tem de comprar muitos minérios e outras coisas de outros países.
- Superexploração dos trabalhadores/meio ambiente
- Direitos humanos: Isso non ecziste
- Inflação
- Desvalorização cambial
- Pirataria/baixa qualidade dos produtos
- Separatismos
Ascensão Pacífica
- Nacional: a China quer a reincorporação efetiva de Taiwan, essa ilha foi anexada à China no século XVII, após passar por vários conflitos, os Kuomintangs restauraram o poder chinés no arquipélago. Taiwan é considerada uma "província rebelde" e conserva a proteção militar norte-americana desde que não declare a independência. Hong Kong e Macau tem o estatuto de região administrativa especial.
- Regional: os chineses também querem ampliar a sua influência na Ásia e evitar instabilidades geopolíticas na região, que é vital para o comércio exterior chinês e representa uma fonte de investimentos estrangeiros na China. Ela quer que o Japão continue desnuclearizado e promove a aproximação entre o Paquistão e a Índia, afinal, isso é bom para os negócios.
- Global: o país ingressou no FMI, no Banco Mundial e no OMC, além disso, aproximnou-se estratégica e militarmente da Rússia e iniciou programas de cooperação com diversos países africanos a fim de facilitar os negócios de suas empresas petrolíferas em novas áreas de extração na África. Também querem ter importante participação no cenário espacial, bélico e naval no contexto do mundo atual.
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