quarta-feira, 29 de junho de 2011

Teatro Brasileiro no Século XX

Teatro Brasileiro no século XX
            Anos 40 - Teatro Brasileiro de Comédia (TBC): criado por Franco Zampari foi o primeiro grupo a fazer pesquisa na área de consumo (1948) Eles viam o teatro como produto comercial, e viu que o que o povo apreciava era:
·         Peças estrangeiras
·         Clássico nacionais
·         “Teatro de qualidade”
Atores famosos fizeram parte do grupo, entre eles estavam:
·         Stênio Garcia (“É uma cilada, Bino!!”)
·         Milton Gonçalves
·         Juca de Oliveira
·         Paulo Altran
·         Fernanda Montenegro (“Bia Falcão, meninos do tráfico”)
·         Cacilda Becker
·         Dulcina de Moraes
            O TBC fez contribuições importantes para o teatro brasileiro, entre essas contribuições estavam: o profissionalismo teatral e o teatro de grupo, visto que até então as peças de teatro era encenadas por um grupo de pessoas que se reuniam apenas para o espetáculo em questão, e os atores não tinham carteira assinada nem nada do tipo.
            Em 1964 o grupo encerra as atividades (faliu)
           

            Anos 50 – Teatro de Arena (1953-1971): este teatro foi criado por José Renato, era um grupo de teatro político e social, e era contrário ao teatro praticado pelo TBC, ele buscava a popularidade. Em 1956, Augusto Boal chega ao grupo, ele foi o criador do teatro do oprimido (o qual eu vou falar daqui a pouquinho, creio que seja a parte que o Cezar mais vai cobrar na prova) e era diretor do grupo em questão. As fases do teatro de arena foram:
·         1ª - Realista: baseado no modelo de Stanislavsky e foi criado o laboratório de interpretação
·         2ª – Nacionalização dos Clássicos: pegavam textos estrangeiros e faziam adaptações para o público brasileiro
·         3ª – Nacionalista: ocorre o seminário de dramaturgia
·         4ª – Musicais: principais foram “Arena conta: Zumbi” e “Arena conta: Tiradentes”
            Durante a ditadura militar, devido à censura, foi criado o teatro-jornal, no qual diferentes grupos discutiam matérias que saiam no jornal e faziam peças de acordo com as respectivas interpretações. Também tinha a dramaturgia simultânea
            Em 1971, o grupo encerra suas atividades, e Augusto Boal é exilado.


Anos 70 – Teatro do Oprimido: esse é o tipo de teatro que acho que mais cai na prova.
            Foi criado por Augusto Boal depois que teve uma experiência no Peru, ele promoveu a alfabetização em linguagens artísticas, por exemplo, dava uma máquina fotográfica para as pessoas e perguntavam onde elas moravam, elas respondiam com imagens, e o principal objetivo do teatro do oprimido era, como o próprio nome sugere, combater a opressão!!!! Surge então o teatro do oprimido (TO), possuía as seguintes características:
·         Objetivava a transformação social
·         Via o teatro como espaço para debate de ideias
·         “Expect-ator”: nesse tipo de teatro, as pessoas não ficavam apenas observando as peças, elas também participavam atuando e dando sugestões nas situações propostas.
            Nesse tipo de teatro não há a divisão palco-plateia, Boal era contra o teatro aristotélico, e as principais vertentes do TO foram:
·         Teatro-imagem: havia um debate a partir de imagens de opressão, as quais eram modificadas de acordo com a vontade dos “expect-atores”.
·         Teatro fórum: forma muito democrática do teatro do oprimido, é a vertente mais utilizada no mundo, procura possibilidades de solução para problemas reais, além disso queriam que as pessoas colocassem as soluções encontradas no espetáculo em prática, para modificar a situação na qual se encontram.
·         Teatro invisível: ocorre na “vida real”, como uma pegadinha sem o objetivo do entretenimento, os atores interpretavam cena em público sem que as pessoas soubessem que era teatro e não há hierarquia ator/público, muitas vezes as pessoas participavam desse tipo de teatro sem saber, e a finalidade era causar debate entre as pessoas que presenciaram a cena e seus amigos/conhecidos.

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